domingo, 30 de dezembro de 2007

Adeus 2007

PERDAS NECESSÁRIAS
Judith Viorst
As perdas são partes da vida. As perdas são necessárias porque para crescer temos de perder, não só pela morte, mas também por abandono, pela desistência.
Em qualquer idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.
As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, de uma forma ou outra, pelas nossas experiências de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas escolhas e possibilidades.
Todos nós, em princípio, lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis e muito abrangentes em nossas vidas.
E nossas perdas incluem não apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais e outras.
As perdas que enfrentamos ao longo da vida, e das quais não podemos fugir são:
- Que o amor de nossos pais não é só nosso.
- Que nossos pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.
- Que por mais sábio, belo e encantador que alguém seja ninguém tem assegurado casar e " ser feliz para sempre".
- Que temos de aceitar - em nós mesmos e nos outros - um misto de amor e ódio, de bem e de mal.
- Que tudo nesta vida é implacavelmente efêmero.
- Que estamos neste mundo essencialmente por nossa conta.
- Que somos completamente incapazes de oferecer a nós mesmos ou aos que amamos, qualquer forma de proteção contra a dor e contra as perdas necessárias.
- Que nossas opções são limitadas pela nossa anatomia e pelo nosso potencial.
- Que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós pela educação que recebemos.
Examinar estas perdas permitem aceitar e modelar melhor os fatos da nossa vida.
Começar a perceber com nossas perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de uma vida mais promissora e Feliz.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Baile de formatura, que maravilha!

Skank - Mandrake E Os Cubanos

"Será que você gostou
Desse terno que eu comprei
Parece um fraque de um Mandrake
Foi no centro que eu achei
Será que você gostou
Dessas meias de algodão, uuu
Disseram que no inverno esfriam
E esquentam no verão, uuu

Vou combinar com meus sapatos
De couro de cascavel
Botar no bolso uns cubanos
Que me deram lá no motel
Eu hoje sou cabra da peste
Sou mute lá no Correia
Nem cult nem cafajeste
Só lobo na lua cheia

Será que você gostou
Desse anel daqueles hippies
Parece a gema dos seus olhos
Irriquietos acepipes
Vou combinar com uma gravata
De peixes orientais
Botar no bolso um pente de osso
E umas ervas naturais
Eu hoje sou cabra da peste
Sou mute lá no Correia
Nem cult nem cafajeste
Só lobo na lua cheia

Capa, bengala e cartola
Ela tem lábios de mola
Pega a echarpe e dá o fora
Vai chover marido agora

Capa, bengala e cartola
Ela tem lábios de mola
Pega o jaleco e "vamo" embora
Vê se liga qualquer hora

Capa, bengala e cartola
Ela tem lábios de mola
Pega a echarpe e dá o fora
Vai chover marido agora"

A natureza da mente

"Se você se torna integrado em sua consciência, os pensamentos não entram em você.
Você se tornou uma fortaleza impenetrável, nada o pode penetrar.
Não que você esteja fechado, lembre-se - você está absolutamente aberto.
Mas é justamente a própria energia da consciência que se torna a sua fortaleza.
E quando nenhum pensamento é capaz de entrar em você, pensamentos virão, e se desviarão de você.
Você os verá se aproximando, e simplesmente, no momento em que eles chegam perto de você, dão a volta.
E então você pode estar em qualquer lugar, então você pode ir ao próprio inferno - nada o pode afetar.
Esse é o significado de iluminação."

Osho em "Além das Fronteiras da Mente"

Para todos aqueles que às vezes se perdem parados no mesmo lugar.
Para se lembrarem de se perderem de seus pensamentos, para começarem a se movimentar.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Siga

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la... E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam... Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens... Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar."
(Shakespeare)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Aceitação

ACEITAÇÃO
( SWAMI DAYANANDA )

"Tome as pessoas como elas são.
Se você não gosta ou despreza alguém,
traga essa pessoa para sua mente,
veja essa pessoa como ela é.
Apenas aprecie a pessoa como ela é,
sem desprezo, sem desgosto
Você tem de se descondicionar,
ser uma pessoa, não uma personalidade.
Você é uma pessoa, não uma personalidade.
Olhe para seus pais.
Seu pai: aceite essa pessoa como ela é.
Sua mãe: aceite essa pessoa como ela é.
Aceite-os com suas limitações, suas virtudes.
Por trás de suas exigências existe sempre amor.
Um amor que deseja que você seja grande,
seja alguma coisa, seja feliz.
Eles têm um ideal em você.
Bem, eles são humanos, portanto aprecie o seu amor,
seja grato a eles.
Pelo menos há quem se preocupe com o seu bem estar.
Aceite-os como eles são.
Se pode comunicar-se com eles, comunique-se.
Se quiser que haja mudanças em seus comportamentos,
tente mudá-los, mas por favor, tome-os como eles são.
Olhe para seu parceiro de vida.
Tome essa pessoa como ela é.
Sua aparência, suas habilidades, sua maneira de ser,
suas emoções, seus conhecimentos, sua história,
tome essa pessoa como ela é.
Aqui está a pessoa com quem você partilha sua vida.
Não é importante que você a tome como ela é?
Pode haver uma vida feliz se a pessoa não é
tomada como ela é?
Quando você exige, você não compreende.
Quando rejeita, também não compreende.
Tome a pessoa como ela é e descobrirá,
que você tem todo o amor para compreender.
Nessa aceitação você descobrirá
uma atmosfera de amor
na qual todas as mudanças,
mudanças miraculosas, são possíveis.
Seus filhos: olhe para eles como pessoas independentes.
Eles não são partes de você.
Cada um é uma pessoa independente,
com corpo, mente e alma.
Olhe-as como pessoas independentes
que estão crescendo sob seu amor, cuidado e proteção.
Tome-os como eles são e faça o que deve ser feito.
Cada um tem suas limitações, suas virtudes.
Veja você mesmo como você é.
Uma pessoa simples, consciente e apreciativa.
Isto é o que você é.
E você deve ser esta pessoa em qualquer situação.
Se esta pessoa deseja, ela é criativa.
Se esta pessoa questiona,
é porque o questionamento é fascinante.
Esta pessoa é simples, amorosa,
compreensiva, compassiva, prestativa, generosa,
naturalmente, de acordo com a situação.
Tome seu corpo físico como ele é.
A altura do corpo: não há nada errado nela.
O peso do corpo: se quer reduzí-lo, faça alguma coisa para isso,
mas aceite o corpo como ele é.
A cor do corpo,
jovem ou velho,
homem ou mulher,
tome o corpo como ele é.
Não existe o que possa ser chamado de corpo bonito ou feio.
Existe apenas um corpo vivo
e você tem este corpo vivo, você é responsável por este corpo vivo.
Se ele não é saudável, faça-o saudável, faça o que puder.
Sinta-se feliz por ter este corpo.
Aceite-o como ele é.
Aceite sua mente.
Seus humores, suas mudanças,
apenas aceite-a como ele é.
Seus conhecimentos, suas limitações, aceite-os.
Entretanto, aprenda e continue aprendendo."

http://www.geocities.com/seijirovix/auto_ajuda.html

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Jeito de ser

Processo volitivo:

Fase de intenção ou propósito
Fase de deliberação
Fase de decisão propriamente dita
Fase de execução

"O coração é mais sábio do que a razão"

Agir com o coração:
purificar a sua intenção ou propósito,
poupar tempo de deliberação,
tomar a decisão certa,
executar algo que pode não parecer certo,
mas tenha certeza - é.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Mais verdade

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade.
Porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades, diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
Carecia optar.
Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Carlos Drummond de Andrade

Em 2007 meus caprichos, ilusões e miopias me fizeram perder coisas preciosas, ou estancadas, e me tornaram tão verdadeiro quanto sou hoje, para entender que se eu conseguir observar, e só observar, e ainda assim ver a beleza intrínseca, a natureza única e própria de cada pessoa, a verdade não importa, e a quietude da aceitação, ainda que possa doer, abre caminho para a liberdade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Bem claramente aos 30 anos

Fiz trinta anos.

Conheço-me razoavelmente melhor do que quando eu tinha 20 anos, por exemplo.
Sou um homem que gosta de gente fina, elegante e sincera, leve, de boa índole, com empatia e que sabe que não está sozinho no mundo.

Empatia: Psicologia Tendência para sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstância experimentada por outra pessoa.

Elegância: Latim Graça, encanto, gentileza, finura, amabilidade, simplicidade, correção, cortesia.

Fino: Latim Que é de boa qualidade, sagaz, ladino, astuto, apurado, escolhido.

Leveza: Latim Leve Que é sóbrio, frugal, suave, indistinto, de fácil digestão, sem exercer pressão.

Índole: Latim Propensão natural, tendência característica, temperamento, condição, caráter.

Hoje eu diria para você, meu amigo, ou minha amiga, a palavra mágica é empatia...

É pressuposto para o resto todo!

Tempus Fugit
Carpe Diem

domingo, 11 de novembro de 2007

Comprei um violão novo...

Com meu violão novo, eu canto, toco e a música alivia e expressa a alma...

Skank - Resposta Samuel Rosa / Nando Reis

Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou pra trás também o que nos juntou
Ainda lembro o que eu estava lendo
Só pra saber o que você achou
Dos versos que eu fiz
E ainda espero
Resposta

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar que ninguém mais pisou
Você está vendo o que está acontecendo
Nesse caderno sei que ainda estão
Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que esperem

Que os aceite em paz
Eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante

Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou pra trás também o que nos juntou
Ainda lembro o que eu estava lendo
Só pra saber o que vc achou

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar que ninguém mais pisou
Você está vendo o que está acontecendo
Nesse caderno sei que ainda estão

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ode à associação produtiva

Liga... O legal de estudar Medicina é isso.
Medicina ou qualquer outra coisa.
Você se interessa por um assunto, e descobre que tem um mundo de gente que também se interessa por aquilo.
Essa semana que passou eu que gosto de Psiquiatria compartilhei um pouquinho deste gosto...
e umas pessoas super legais vieram propor uma liga de Psiquiatria! Legal.
Semana passada... Dermatologia.
Um tempo atrás... este blog surgiu para compartilhar.
E eis que um monte de gente anônima e nem por isso menos interessante, apareceu pra compartilhar.
Antes, o recolhimento.
E uma certeza... cada pessoa é um talento. Cada um tem um dom.
Essas ligas, essas associações, são coisas belas...
Essa semana foi legal.
Cada vez mais eu me convenço que o poder de associação das pessoas é que faz a diferença.
E cada vez mais eu me convenço de que sozinho, eu sempre vou saber menos.
Viva a associação produtiva. A perspectiva plural, a diversidade de conhecimento.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A verdade

"O próprio casamento é uma prostituição. Se eu confio no meu amor, por que eu deveria me casar? A própria idéia de se casar é um sinal de desconfiança. E algo que é produto de desconfiança não vai ajudar seu amor a ficar mais profundo e elevado. Ele vai destruí-lo. Ame, mas não destrua o amor com uma coisa falsa – o casamento ou qualquer outro tipo de relacionamento. O amor só é autêntico quando dá liberdade. Deixe que esse seja o critério. O amor só é verdadeiro quando não invade a privacidade da outra pessoa. Ele respeita a individualidade, a privacidade dela. Mas os amantes que você vê por este mundo afora fazem de tudo para que nada seja privado; todos os segredos têm de ser compartilhados. Eles temem a individualidade um do outro e acham que, destruindo um ao outro, vão ter uma vida de contentamento, de total plenitude. Ela simplesmente fica cada vez mais infeliz”.

“Seja amoroso e lembre-se de que tudo que é verdadeiro nunca pára de mudar. Ensinaram-lhe idéias erradas de que o amor dura para sempre. Uma rosa de verdade nunca dura para sempre. O próprio ser vivo tem de morrer um dia. A vida é constante mudança. Mas a noção, a idéia, de que o amor tem de ser permanente se for verdadeiro... e se o amor deixa de existir um dia, então o corolário natural é o de que ele não era um amor de verdade”

“A verdade é que o amor surge de repente; não em resultado de nenhum esforço de sua parte. Ele vem como uma dádiva da natureza. Quando ele brotou, você não o teria aceitado se estivesse preocupado em descobrir se ele acabaria subitamente um dia. Do jeito que ele vem, um dia também vai embora. Mas não há motivo para preocupações, pois, se uma flor murchar, outras desabrocharão. Sempre haverá flores desabrochando, mas não se agarre a uma apenas. Do contrário, você logo estará agarrado a uma flor morta. E essa é que é a realidade: as pessoas estão apegadas a um amor morto, que um dia existiu. Agora ele não passa de uma lembrança e de uma dor e você está amarrado por causa de sua preocupação com a respeitabilidade, por causa da lei”.

“Deixemos que o mundo se componha de indivíduos e, sempre que o amor brotar espontaneamente, cante com ele, dance com ele, viva-o; não crie correntes que o prendam a ele. Nem tente prender alguém num cativeiro, nem deixe que ninguém prenda você num cativeiro”.

Osho - Em Liberdade - Do Relacionamento ao Amor

Eu já cantei esse amor... dancei com ele... vivi... Talvez tenha sido intuitivo pra mim não criar expectativas o tempo todo, não fazer planos, não viver o futuro. E adorei cada momento. Não me preocupava com o futuro. Sinceramente não planejava o futuro. Isso gera frustração, mina as expectativas, especialmente para quem está acostumado a planejar tudo, como eu nunca fui. A vida sempre me levou. A rosa, linda e violácea, é morta. A terra é fértil. A chuva cai. O tempo é rei. O camelo vive no passado, o leão vive no futuro, a criança vive no presente.

E agora, Frederico? O que te espera?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Realidade

A única realidade que existe é a realidade universal de dentro e de fora.
E eu sou apenas uma partícula desse todo. Seja o todo e deixe o todo ser você.
A capacidade de se sintonizar com a energia universal é a chave para não se perder do agora.
No agora, você se adapta. Fora dele, você perece. Conheça-te a ti mesmo.

"What you see, is what you get"

Mens sana, corpore sano

O inferno são os outros

O segredo é acreditar

"Some days are better than others"

Encontre-se com sua consciência... e a partir daí...

Aqueles que não estão aqui para te ajudar, eles que sigam o seu caminho

E aqueles que não acreditam em você, eles não sabem o que dizem

E aqueles que não te amam, eles não são para você

E aqueles que não estão mais com você, eles saíram perdendo

"I don't know you, you don't know the half of it.
I had a starring role.
I was the bad guy who walked out.
They say be careful where you aim.
Because where you aim you might just hit.
You can hold onto something so tight.
You've already lost it.
Dragging me down, that's not the way it used to be.
You can't even remember what I'm trying to forget.
It was a dirty day, dirty day.
Looking for explanations.
I don't even understand.
If you need someone to blame,
throw a rock in the air, you'll hit someone guilty.
From father to son, in one life has begun.
A work that's never done, father to son.
(Love, it won't last kissin' time).
(Love, it won't last kissin' time).
(Love, it won't last kissin' time).
Get it right, there's no blood thicker than ink.
Hear what I say, nothing's as simple as you think.
Wake up, some things you can't get around.
I'm in you, more so when they put me in the ground.
"The days, days, days run away like horses over the hill.""

sábado, 3 de novembro de 2007

Novembro

Vou fazer trinta anos.

Me avisaram que os 29 seriam casca grossa.

Estou aqui pensando no que as pessoas pensam quando a gente decide ser o que a gente é.

"Tornar-se indivíduo. Há em todos nós um misterioso impulso para nos tornarmos nós mesmos - indivíduos únicos e definidos, separados dos laços familiares, das amizades e da vida em comunidade que nos dão o sentido de identidade. Mas o processo de tornar-se indivíduo é árduo e, por vezes, doloroso. Envolve não apenas a disposição de enfrentarmos os desafios externos e internos que põem à prova nossa força, mas também a capacidade de estarmos sós e suportarmos a inveja e a hostilidade daqueles que, dentre os que nos cercam, ainda não iniciaram essa viagem para a individualidade".

BAIXA
SANTO SALVADOR
BAIXA
SEJA COMO FOR
ACHA
NOSSA DIREÇÃO
FLECHA
NOSSO CORAÇÃO
PUXA
PELO NOSSO AMOR
RACHA
OS MUROS DA PRISÃO
EXTRA
RESTA UMA ILUSÃO
EXTRA
RESTA UMA ILUSÃO
EXTRA
ABRA-SE CADABRA-SE A PRISÃO
BAIXA
CRISTO OU OXALÁ
BAIXA
SANTO OU ORIXÁ
ROCHA, CHUVA, LASER, GÁS
BICHO, PLANTA, TANTO FAZ
BRECHA
FAÇA-SE ABRIR
DEIXA
NOSSA DOR FUGIR
EXTRA
ENTRA POR FAVOR
EXTRA
ENTRA POR FAVOR
EXTRA
ABRA-SE CADABRA-SE O TEMOR

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Dia das bruxas

En las brujas yo no creo pero que las hay...

E não me refiro a mulheres feministas bobinhas que ficam revoltadas com a realidade.
E tão pouco àquelas com devaneios e sem empatia que não têm responsabilidade nem respeito pelo sentimento dos homens.

Mas sei que um dia a bruxa revoltada desaparecerá do passado que dói...
E a fada que me encantou resplandescerá na lembrança que arde...

Eu prefiro deixar qualquer fantasia de lado e viver a realidade.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Coisas da Medicina

Fiz minha primeira Raquianestesia ontem, para uma cesariana.
Participei da criação da Liga de Dermatologia da minha faculdade hoje.
Tenho me saído muito bem no ambulatório de Psiquiatria.
Tô gostando de Otorrinolaringologia.

O caminho pra ser médico não é fácil.

O hospital onde eu estudo é movimentado e eu gosto de ver os pacientes.

São eles que me colocam frente a frente comigo mesmo.

E assim eu sigo cada vez mais convencido de que eu não sei quase nada!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O Mundo é bão Sebastião

Nando Reis - O Mundo é Bão, Sebastião! Nando Reis
O Mundo É Bão Sebastião
Por que o Sol saiu
Por que seu dente caiu
Por que essa flor se abriu
Por que iremos viajar no verão
Por que aqui o mundo não será cão
Quando o Goodzila atacar
Quando essa febre baixar
Quando o mamute voltar
Descongelado a caminhar na Sibéria
Quando invento, o mundo é feito de idéias
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião
Ã, ão!
Como escrever certo o seu nome
Como comer se der fome
Como sonhar pra quem dorme
E deixa o cansaço acalmar lá em casa
Como soltar o mundo inteiro com asas
Tiranossauro Rex tião
Dentro dos seus olhos virão
Monstros imaginários ou não
Por forte somos todos os Infernais
E agora eu vivo em paz...
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião
Ã, ão!
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião


Essa é para abrir uma perspectiva no meio desse calor

Chet Baker - Men at Work - Nando Reis

Chet Baker - You Don't Know What Love Is
Billie Holiday

You don't know what love is
‘Til you've learned the meaning of the blues
Until you've loved a love you've had to lose
You don't know what love is
You don't know how lips hurt
Until you've kissed and had to pay the cost
Until you've flipped your heart and you have lost
You don't know what love is
Do you know how lost I've been
At the thought of reminiscing
And how lips that taste of tears
Lose their taste for kissing
You don't know how hearts burn
For love that cannot live yet never dies
Until you've faced each dawn with sleepless eyes
You don't know what love is
You don't know how hearts burn
For love that cannot live yet never dies
Until you've faced each dawn with sleepless eyes
You don't know what love is


Men At Work - It's A Mistake colin hay
Jump down the shelters to get away
The boys are cockin' up their guns
Tell us general, is it party time?
If it is can we all come?
Don't think that we don't know
Don't think that we're not trying
Don't think we move too slow
It's no use after crying
Saying
It's a mistake, it's a mistake
It's a mistake, it's a mistake
After the laughter has died away
And all the boys have had their fun
No surface noise now, not much to say
They've got the bad guys on the run
Don't try to say you're sorry
Don't say he drew his gun
They've gone and grabbed old Ronnie
He's not the only one
Saying
It's a mistake, it's a mistake
It's a mistake, it's a mistake
Tell us commander, what do you think?
'Cos we know that you love all that power
Is it on then, are we on the brink?
We wish you'd all throw in the towel
We'll not fade out too soon
Not in this finest hour
Whistle your favourite tune
We'll send a card and a flower
Saying
It's a mistake, it's a mistake
It's a mistake, it's a mistake


Nando Reis - Mantra Nando Reis / Arnaldo Antunes
Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração acordará
Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência adormecerá
E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar, no mesmo quintal
Da alma ao corpo material
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando não se tem mais nada
Não se perde nada
Escudo ou espada
Pode ser o que se for livre do temor
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá para dar amor
Amor dará e receberá
Do ar, pulmão; da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão do templo espiral
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá para dar amor
Amor dará e receberá
Do ar, pulmão; da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão do templo espiral
Amor dará e receberá
Do braço, mão; da boca, vogal
Amor dará e receberá
Da morte o seu guia natal
(adeus dor...)
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare...

Caramba... Eu no meu carro... As músicas entram pelos meus ouvidos e eu viajo.
Viajo e me perco denovo do presente... viajo na minha imaginação.
Viajo em tantos pensamentos, tantos sentimentos.
Sinto ficar denso, depois menos denso, depois me perdoo, e depois fico mais leve.
E é isso... me vejo fruto de um mundo onde o hábito de se apegar é a regra.
A idéia louca de achar que se pode ter alguém é vendida por aí.
E quando não tiver mais nada... É que realmente poderei dar amor.
Mas como deixar ir... let go... cada vez mais eu me convenço de que não se tem nunca nada nem ninguém nessa vida...
A única coisa que se tem é a chance que te é dada a cada momento presente.
Então a única idéia é ficar aberto e presente, alerta e consciente, pronto para que tudo que está presente possa acontecer. Eu topo o desafio.
Eu considero o maior desafio da minha vida até hoje.
Amor eu tenho, e você sabe muito bem disso.

domingo, 28 de outubro de 2007

Liberdade

Eu me considero um homem inquieto.
Considero-me inquieto pelo espírito que me habita.
Todos os dias eu durmo e sigo meu sono até que o sonho venha e me diga o que precisa ser feito. Em geral é alguma coisa metafórica que eu consigo apreender e interpretar. A partir daí eu vejo o caminho a seguir. Ou o caminho a não seguir.
A minha verdade vem de dentro, não de fora. Assim o é. Durante o dia-a-dia também funciono mais ou menos assim. Sou muito intuitivo. Eu sinto, mais do que raciocino. A minha percepção é gutural. Ela atravessa a mente num vão e atinge o âmago e eu me sinto ao mesmo tempo vulnerável e ameaçador. Às vezes sinto que incomodo. Às vezes sinto que ajudo. Sei que preciso aprimorar os momentos certos de ficar calado, ainda que eu ache que a comunicação não seja quase nada verbal. Fico inquieto pela tamanha responsabilidade que isso me trás. Tenho sempre o cuidado de usar isso para ajudar aqueles que me procuram a seguirem mais conhecedores de si mesmos. Nada melhor do que isso no meu dia-a-dia de trabalho.

Se eu estou inquieto, entendo que é porque me falta seguir mais próximo do meu coração. Preciso usar a minha mente, e não me deixar dominar por ela.
Mas meu coração que tenta se libertar ficou preso, amou demais, chora, ainda que não deixe mais transparecer, se cala e segue. É o meu ser cultural, mental, que aprendeu a sentir saudade, que ainda é contra o passado.

Ultimamente eu tenho acordado e meu pensamento tem sido sempre invadido pelo passado. E eu tento resistir. Distrair-me. O som do meu carro foi uma coisa ótima para isso, mas até ele sempre me remete ao mesmo lugar comum! Eu me privo da plenitude. Um passado idealizado. Um passado que foi gostoso, bonito e prazeroso demais. Um passado que me foi presente, e que não me pode mais ser. Inflexibilidade. Impossibilidade. Um passado que me gera ressentimentos, mágoas, que me faz queixar, e que me feriu. E eu luto. Uma guerra interior. E eis que me descubro lutando comigo mesmo, contra o impossível.

Na Medicina chamam a isso de pensamento compulsivo. Na poesia chamam isso de paixão. Eu, eu chamo isso de aprisionamento.

Osho chama de larva! Chama de camelo! Eu, um peregrino da vida, sou um peregrino que quer ser livre, quer ser consciente, quer ser alegre, quer ser maduro, quer ser pleno. Tudo bem... Eu já sou corajoso e intuição é o que não me falta.
Mas agora foi interessante saber algumas coisas, ou talvez ver pelo prisma assim colocado. É preciso seguir adiante. Eu preciso assimilar o meu passado.

“O camelo é a larva, o camelo é aquele que acumula provisões. Mas se você ficar preso nesse estágio e continuar a ser um camelo para sempre, então não conhecerá as belezas e as bênçãos da vida. Continuará preso no passado. O camelo pode assimilar o passado, mas não pode aproveitá-lo.

No curso de seu desenvolvimento pessoal, chega uma hora em que o camelo tem de se tornar leão. O leão segue em frente para destituir o gigantesco monstro conhecido como “Tu não deves...”. O leão, no homem, ruge contra a autoridade.
O leão é uma reação, uma rebelião contra o camelo. O indivíduo agora descobre a sua própria luz interior como fonte suprema de todos os valores autênticos. Ele toma consciência de sua obrigação básica com relação à sua própria criatividade interior. Com o seu potencial oculto interior. Alguns poucos continuam presos ao estágio do leão: continuam rugindo até ficarem exaustos de tanto rugir.

É bom virar leão, mas a pessoa ainda tem de dar mais um salto – e esse salto é virar criança. A menos que o homem torne-se absolutamente inocente, fique livre do passado, a ponto de não ser mesmo contra ele... Lembre-se, a pessoa que ainda é contra o passado não é livre de verdade... Ele ainda tem alguns ressentimentos, algumas queixas, algumas feridas. O camelo ainda o assombra, a sombra do camelo ainda o segue. O leão está ali, mas ele ainda teme, de certa forma, o camelo; teme que ele possa voltar.

Quando o medo do camelo passa por completo, o rugido do leão cessa. Então nasce a criança.”

Isso aqui que eu transcrevi é do Osho, no seu livro Liberdade.

Eu me acho uma confusão... Transito entre camelos, leões e crianças. Mas tenho que admitir que tenho rugido insistentemente contra o meu passado recente, lamentado, e ainda que tenha seguido meu caminho, tenho gastado muita energia com isso. Tudo bem. Eu aceito que os processos devam ser proporcionais. Eu assimilo minha paixão. Ela foi muito grande. Eu faço tudo com muita paixão e vontade. O habitante dentro do meu corpo material é assim muito cheio de vida mesmo. Desobedeço ao leão e o amanso. E o que sempre predominou em mim fica cada vez mais evidente... O menino, a criança, habitante do homem livre.

sábado, 20 de outubro de 2007

ENCERRANDO CICLOS

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado
os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões que levaram certas coisas,
que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos,
todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante,
e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e
não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas
realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!)
destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração...
e o desfazer-se de certas lembranças significa
também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas,
portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda:
isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego que não têm data marcada para começar,
decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba,
mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio,
antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te: tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Adaptação do texto de Sonia Hurtado traduzido por Paulo Coelho.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

This poem was written by a terminally ill younggirlin a New YorkHospital.

SLOW DANCE

Have you ever watched kids
On a merry-go-round?
Or listened to the rain
Slapping on the ground?
Ever followed a butterfly's erratic flight?
Or gazed at the sun into the fading night?

You better slow down.
Don't dance so fast.
Time is short.
The music won't last.
Do you run through each day

On the fly?
When you ask How are you?
Do you hear the reply?
When the day is done
Do you lie in your bed
With the next hundred chores
Running through your head?

You'd better slow down
Don't dance so fast.
Time is short.
The music won't last.
Ever told your child, We'll do it tomorrow?
And in your haste, Not see his sorrow?
Ever lost touch, Let a good friendship die
Cause you never had timeTo call and say,"Hi"

You'd better slow down.
Don't dance so fast.
Time is short.
The music won't last.
When you run so fast to get somewhere
You miss half the fun of getting there.
When you worry and hurry through your day,
It is like an unopened gift....Thrown away.
Life is not a race.
Do take it slower
Hear the music
Before the song is over.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Hoje.

Tirei a roupa branca depois do dia de faculdade.
Vesti a roupa do pedal.
Fui colocar minha bicicleta no porta malas do fiestinha vermelho.
Fiquei puto! O pino de abaixar o encosto do banco de trás quebrou! Que droga!
Fiquei tentando com a chave destravar o encosto e não conseguí.
Suei a testa no escuro da garagem. Senti a cólera tomar conta de mim.
Dei um soquinho nas costas do encosto.
Fiquei tentando lembrar a hora que o maldito pino poderia ter quebrado, e como.
Inútil gasto de energia e pensamento vão.
Parti pra ação.
Coloquei a bike no banco de trás. Claro.
Fui buscar o Giovanni no Judô. Passamos na Vitamina Central.
Comi uns salgados de frango, ele dois pães de queijo, eu tomei uma saborosa.
Ele um guaraviton. Não quis suco de laranja hoje. Deixei ele em casa e fui pedalar.
Depois do dia ganho, nada como pedalar.
Priemeiro devagar, depois mais rápido. Depois com ritimo.
Até completar, hoje, 15 km. Pedalzinho de leve no parque.
Lua começando a crescer. Cólera destilante. Pensamentos tomando direção.
O diálogo interno nunca cessa, mas pelo corpo físico em movimento,
eu busco o equilíbrio do corpo mental, do corpo emocional, e do corpo espiritual.

domingo, 7 de outubro de 2007

Não seja o sonho de alguém


Se você gosta de alguém,
Cuide para que cada vez
Que você encontrar esta pessoa,
Ela possa ser mais e mais ela mesma.

Para que ela possa ser
Cada vez mais aquela pessoa
De quem você sempre gostou
Desde a primeira vez

Não queira que ela seja
Alguém que vai se encaixar
Nos teus sonhos patéticos,
Nos teus ideais delirantes.

Você vai se tornar um chato!

Cuide para que ela possa florescer
No máximo de sua espontaneidade
E singularidade ao teu lado.
Seja uma testemunha disso.

Se não for o caso, afaste-se, sem julgar.

A cada encontro, não negue tampouco teu ser.
Seja exatamente como você é.
Encontre alguém real, que não busca um sonho,
Mas que de fato goste de você, como você é,
E não perca tempo com gente que
Não te aceita, não te apóia, ou não te reafirma.

Encontre pessoas que te aceitam, te apóiam e te reafirmam.
Teu presente é lindo. Teu futuro é mais.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Charles Chaplin denovo

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas, também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos, amei e fui amado,
mas, também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só pra escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida...
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é MUITO para ser insignificante."

Charles Chaplin

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Aos meus amigos

"Escolho meus amigos não pela pele, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos,
fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Quero que me tragam dúvidas e angústias
e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só ombro ou colo, quero sua maior alegria,
amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto
e velhos, para que nunca tenham pressa..."

Oscar Wilde

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber viver!!!

Charles Chaplin

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Descubra sua Chama Interior

"As pessoas estão buscando a meditação,
e ela só é necessária porque você não escolheu ser feliz.
Se você tivesse escolhido ser feliz,
não haveria necessidade de nenhuma meditação.
A meditação é medicinal: se você está doente, o remédio é necessário.
Uma vez que comece a escolher a felicidade,
uma vez que tenha decidido ser feliz,
então nenhuma meditação será necessária,
então a meditação começará a acontecer por conta própria.
(...) A felicidade acontece quando você se encaixa na sua vida,
quando se encaixa tão harmoniosamente que tudo o que está fazendo é sua alegria.
(...) O ser humano de verdade toma coragem e se volta para as coisas que o deixam feliz.
(...) Sempre que você vê dinheiro à frente, deixa de ser você mesmo;
sempre que vê poder ou prestígio, deixa de ser você mesmo.
Imediatamente você se esquece de tudo, dos valores intrínsecos de sua vida,
de sua felicidade, de sua alegria, de seu deleite.
Você sempre escolhe algo de fora e o negocia com algo de dentro.
Você ganha o exterior e perde o interior.
Mas o que você fará com isso?
Mesmo se você tiver o mundo todo a seus pés,
mesmo se conquistar todas as riquezas do mundo,
mas perder a si mesmo, mas perder seu tesouro interior,
o que você irá fazer com suas riquezas?
Essa é a infelicidade.
Se você puder aprender uma coisa apenas,
que seja ficar alerta e consciente de suas motivações interiores,
de seu próprio destino interior.
(...) Descubra sua chama interior."

Osho, em Alegria

domingo, 30 de setembro de 2007

"Só se vê bem com o coração"

O que pode uma pessoa se não ser ela mesma?
Ser ela mesma, com suas características impingidas pela vida...
Ser ela mesma como a vida a concebeu – maravilhosamente viva, e bela...
Ser aquilo que ela é, e somente aquilo, sem interferências externas?

Infelizmente ela não pode ser o que era ao nascer, um Ser,
porque aprendeu que tem que carregar nas costas
o peso das opressões que sofreu na vida,
as necessidades externas impostas pelos outros.
Correr da própria sombra sem nunca encontrar a própria luz.


Malditos olhos que oprimem a humanidade!
O que vemos nas pessoas, se prestarmos atenção,
é apenas aquilo que queremos ver.
Uma mulher, por exemplo, será apenas aquilo que nós,
homens heterossexuais, com nossos Egos vorazes, desejamos nela.
Será bonita, se quisermos que ela seja bonita.
Será querida, se quisermos que ela seja querida.
Será boa, se quisermos que ela seja boa.
Pura ilusão. E quanto maior a ilusão, maior o perigo.
Isso se chama Ego.

Ego que se orgulha, deseja, se envaidece,
teme, tem ciúme, se frustra, julga, perde a fé.
Ela pode ser feia por sob a pele de cordeiro,
pode ser um Ego esquálido, feio e pobre de espírito,
por quem o melhor a fazer é se afastar
e dar-lhe o tempo de se desmaterializar longe de você.
Cabe a cada um se encontrar em nível profundo,
ter acesso à profundeza bela da essência permanente.
Mas se teu Ego for ainda sobreposto ao teu Ser,
sofrerás por quem não vale a pena.

Muitas delas se esforçam para serem vistas como belas,
Até são próximas do padrão de beleza que os Egos buscam,
mas compulsivamente buscam mais, pois são vazias.
E quando acham um Ego que as tenha, os usam,
abusam e se deixam abusar.
E chamam isso de amor.

Isso acontece quando aceitamos o fato de que o que vemos é a realidade.
Porém, tirados os óculos do observador, do idealista, do Ego que vê,
Resta o observado, o desejado, e o observador e o Ego
se tornam um patético resquício de inconsciência
que logo se extingue na vastidão da vida e na voracidade do tempo.
Percebemos que passamos a vida dormindo.

O orgulho que se alegra com o novo,
Que se regojiza em substituir o belo que foi consumido, de modo calculista,
Que faz uso de um novo para satisfazer seu vazio e incompletude,
Que caminha pelos mesmos trilhos de inconsciência e vaidade,
orgulhoso, no novo velho carro de luxo que nunca foi seu,
O Ego que caminha de mãos dadas a um novo Ego,
Que deseja e aspira, idealiza e consome, imagina e compara,
Que se interessa pelo que o outro pode lhe dar,
pelo que o outro pode ser aos olhos do grupo patético ao qual acha pertencer,
Que olha ao redor para perceber quem os vê passar,
Que é eternamente vaidoso e pobre de espírito, recalcado e crítico,
Que pouco se importa com o que fazem desde que façam algo adequado
e com o devido status imaginado para si perante os outros Egos,
É apenas mais uma droga no repertório viciado
de um Ego que nunca dará espaço ao Ser subjacente,
que confere o verdadeiro significado à existência,
mas que se afoga diante do espelho idolatrado da forma efêmera.
É a semente que morre no solo infértil da vaidade.

O Ser não julga nem condena, não idealiza nem destrói,
não melindra nem usa, nem busca ideais obsessivamente fora do presente.
Apenas alegra-se em amar verdadeiramente,
num estado permanente de sinceridade franqueza,
sem ansiedade nem vício, muito além do Ego.

domingo, 23 de setembro de 2007

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do mundo?
Não sei.
Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar.

É correr as cortinas da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas?
Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.

Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica tem aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das coisas"...
"Sentido íntimo do universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.
É como pensar em razões e fins quando o começo da manhã está raiando,
e pelos lados das árvores um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das coisas
É acrescentando, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água da fonte.
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, aqui estou!
(Isto é talvez ridículo ao ouvidos de quem,
por não saber o que é olhar para as coisas,
não compreende que fala delas
com o modo de falar que reparar para elas ensina)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e o sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si-próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda hora.

Fonte: Fernando Pessoa- Obra Poética.