terça-feira, 6 de novembro de 2007

A verdade

"O próprio casamento é uma prostituição. Se eu confio no meu amor, por que eu deveria me casar? A própria idéia de se casar é um sinal de desconfiança. E algo que é produto de desconfiança não vai ajudar seu amor a ficar mais profundo e elevado. Ele vai destruí-lo. Ame, mas não destrua o amor com uma coisa falsa – o casamento ou qualquer outro tipo de relacionamento. O amor só é autêntico quando dá liberdade. Deixe que esse seja o critério. O amor só é verdadeiro quando não invade a privacidade da outra pessoa. Ele respeita a individualidade, a privacidade dela. Mas os amantes que você vê por este mundo afora fazem de tudo para que nada seja privado; todos os segredos têm de ser compartilhados. Eles temem a individualidade um do outro e acham que, destruindo um ao outro, vão ter uma vida de contentamento, de total plenitude. Ela simplesmente fica cada vez mais infeliz”.

“Seja amoroso e lembre-se de que tudo que é verdadeiro nunca pára de mudar. Ensinaram-lhe idéias erradas de que o amor dura para sempre. Uma rosa de verdade nunca dura para sempre. O próprio ser vivo tem de morrer um dia. A vida é constante mudança. Mas a noção, a idéia, de que o amor tem de ser permanente se for verdadeiro... e se o amor deixa de existir um dia, então o corolário natural é o de que ele não era um amor de verdade”

“A verdade é que o amor surge de repente; não em resultado de nenhum esforço de sua parte. Ele vem como uma dádiva da natureza. Quando ele brotou, você não o teria aceitado se estivesse preocupado em descobrir se ele acabaria subitamente um dia. Do jeito que ele vem, um dia também vai embora. Mas não há motivo para preocupações, pois, se uma flor murchar, outras desabrocharão. Sempre haverá flores desabrochando, mas não se agarre a uma apenas. Do contrário, você logo estará agarrado a uma flor morta. E essa é que é a realidade: as pessoas estão apegadas a um amor morto, que um dia existiu. Agora ele não passa de uma lembrança e de uma dor e você está amarrado por causa de sua preocupação com a respeitabilidade, por causa da lei”.

“Deixemos que o mundo se componha de indivíduos e, sempre que o amor brotar espontaneamente, cante com ele, dance com ele, viva-o; não crie correntes que o prendam a ele. Nem tente prender alguém num cativeiro, nem deixe que ninguém prenda você num cativeiro”.

Osho - Em Liberdade - Do Relacionamento ao Amor

Eu já cantei esse amor... dancei com ele... vivi... Talvez tenha sido intuitivo pra mim não criar expectativas o tempo todo, não fazer planos, não viver o futuro. E adorei cada momento. Não me preocupava com o futuro. Sinceramente não planejava o futuro. Isso gera frustração, mina as expectativas, especialmente para quem está acostumado a planejar tudo, como eu nunca fui. A vida sempre me levou. A rosa, linda e violácea, é morta. A terra é fértil. A chuva cai. O tempo é rei. O camelo vive no passado, o leão vive no futuro, a criança vive no presente.

E agora, Frederico? O que te espera?

4 comentários:

Anônimo disse...

E agora, é hora de tentar se libertar
Deixa e energia te levar
A vibe positiva solta pelo ar
Quem sente com a alma é capaz de amar
Está sempre livre pra cantar

fiz umas adaptações rs
bjocasss

Wearin' them pants disse...

Wise. Extremely wise and true.

Wearin' them pants disse...

O que te espera, queridão? Tudo que a sua pessoa especial merece.

Anônimo disse...

E agora?
Essa pergunta, sempre que me faço vem acompanhada com o sentimento de angustia.
É como se depois de uma longa caminhada chegasse ao topo de uma montanha e tomasse consciência de que a pergunta, limita a minha visão. É feita com base em fatos passados e perspectivas futuras. Nesse caso não vivo o presente, um sinal de desvio do caminho escolhido e que é meu norte.
Mais uma vez o sentimento de angustia volta, sabendo da lei básica:"Se estiver feliz, o amor fluirá em sua direção...não há necessidade de pedi-lo...Exatamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direção á felicidade."
A felicidade e a infelicidade, portanto, está em nossas mãos. Um grande poder nada fácil de ser exercido.
Então deixo a pergunta de lado, medito e abençoo a ampla visão.
Liberto-me do sentimento de angustia, por enguanto, rs,rs.
E você? Como se sente ao lhe fazer essa pergunta?
Brisa.